terça-feira, 12 de abril de 2011

Minhas pobres mãos





Minhas pobres mãos a esmo tacteiam,
meio desordenadas, na escuridão, na bruma,

fracos já cansados meus olhos vagueiam,

p´lo horizonte que ao longe se esfuma.

Vida desperdício de sabor amargo,

bocas maldizentes mãos que nada têm,

veste de doçura meu sono letargo,

vida desperdício de sabor amargo.

Quais pombas perdidas p´lo mundo vagueiam,

como as vãs esperanças que em meu peito dormem,

minhas pobres mãos a esmo tateiam

no silêncio agreste aí se

consomem!...


Carolina do Vale

Abraço de Luz

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