“Caro amigo.
Caro amigo, hoje te escrevo
Pois, assim, também desabafo um pouco
E sei que muitas voltas o mundo irá dar
Até que eu te possa reencontrar
É por isto que insisto
Nesta folha de papel
Que o Amor é o que se vai salvar
Enquanto tudo o resto o vento vai levar
Hoje sinto que a vida recomeça
Que posso chegar ao fim da festa
E com tudo o que assisti durante o ano
Percebi que a beleza da vida ainda está no Ser Humano
Mas, tudo está muito estranho
Tão estranho, que a Terra até parece em transe
O que tudo comanda é a força do dinheiro
Que persiste em impor-se e em sufocar o Homem
Será que já é tarde?
Ou será que é preciso
Cristo ressuscite novamente
E voltar para repetir tudo o que está já escrito?
Este planeta tão grande
Não pode ter sido feito por engano
O Autor dessa obra perfeita
De certeza que tinha um outro plano
Mais um grito de guerra
Invade o céu e espalha dor
Ameaçando, mais uma vez, explodir o planeta
Com lutas estúpidas, que nunca têm vencedor
Quanto mais se ganha,
Muito mais se quer ganhar
Porque se querem construir castelos
Que estão condenados a desmoronar?
Meu amigo, é isto o que te escrevo, aflito
O coração já não aguenta
Mas é esta dor que me sustenta
Sente, sente, sente
Sente, meu amigo
Ainda existe uma possibilidade
De afastar esta irracionalidade
E conquistar a esperança
Trazer para perto a paz
Que anda tão distante
Este desafio é a coisa mais importante
Para a nossa existência ainda ter algum sentido
E assim termino
E espero-te reencontrar
E com um forte motivo
Para nos podermos orgulhar e comemorar.”
José Carlos Valério
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